Considera surpreendente o avanço da radiologia? Nós achamos! Desde a descoberta dos Raios X por Wilhelm Conrad Röntgen em 1895 até aos avanços incríveis de hoje, como a CBCT, parece que não passou tempo nenhum. Neste artigo vamos contar-lhe tudo sobre a tomografia computorizada de feixe cónico, também conhecida como CBCT, explicar-lhe como se diferencia da tomografia computorizada convencional (TC) e mostrar-lhe as suas mais diversas aplicações no diagnóstico e planejamento do tratamento em diferentes áreas da medicina dentária. Vamos começar!
A radiologia convencional é capaz de representar objectos tridimensionais em imagens bidimensionais com algumas desvantagens que muitas vezes dificultam a sua correcta interpretação, tais como sobreposições e distorções de estruturas. Para corrigir estes inconvenientes, surgiram novas tecnologias como a tomografia computorizada convencional (TC) e a tomografia computorizada de feixe cónico posterior (CBCT).
Qual é a diferença entre a tomografia computorizada (TC) e a tomografia computorizada de feixe cónico (CBCT)?
A tecnologia TC foi desenvolvida em 1967 por Sir Godfrey Hounsfield e baseia-se na captura de imagens nos ecrãs dos detectores em múltiplos planos até se obter uma imagem completa, esta técnica requer mais radiação para o paciente. As imagens obtidas são úteis em traumas maxilo-faciais, estudos de crescimento e desenvolvimento, patologia oral e salivar das glândulas e planejamento de implantes dentários.
Diferentemente do que acontece em TC, na imagem CBCT (Cone Beam Computed Tomography) o volume tridimensional dos dados é obtido em uma única varredura de scanner na qual o sensor 2D e a fonte de radiação rodam em sincronia em torno da cabeça do paciente em 180º ou 360º, dependendo do equipamento CBCT utilizado.
Além disso, num scanner CBCT, o feixe de raios X tem uma forma cónica e obtém um volume de dados cilíndrico ou esférico conhecido como FOV (field of view). O tamanho do FOV difere entre os scanners, sendo alguns capazes de capturar todo o esqueleto maxilo-facial. Além disso, alguns equipamentos CBCT podem ajustar a altura do FOV cilíndrico para capturar uma única área, o que reduz a dose de radiação para o paciente.
Esquema que mostra os diferentes tamanhos de FOV em CBCT.
Comparação da imagem do CBCT FOV 16 x 10 versus FOV 15 x 15.
O que oferece a tecnologia CBCT em comparação à tomografia computorizada convencional (TC)?
Maior precisão
Ao contrário das imagens digitais 2D, as imagens 3D são construídas de voxels ao em vez de pixels. O voxel é o elemento mais pequeno do volume da imagem radiográfica 3D e o seu tamanho é dado pela sua altura, largura e profundidade. No TC os voxels são anisotrópicos, ou seja, não são idênticos em todos os planos, uma vez que a sua altura depende da espessura do raio TC, ou seja, da espessura da fatia. Isto significa que em certos planos, como o plano sagital, a precisão é limitada, uma vez que depende da distância das fatias (folga). Em contraponto, em CBCT os voxels são isotrópicos, idênticos em altura, largura e profundidade, o que permite imagens geometricamente mais precisas em qualquer plano.
Menor dose de radiação
As doses efectivas de radiação dos scanners de CBCT variam entre diferentes equipamentos e configurações em factores como o FOV, mas ainda podem ser quase tão baixas como num raio-X panorâmico e consideravelmente inferiores às de um scanner de TC. Na CBCT o feixe é mais focalizado e a radiação menos dispersa e a radiação total seria equivalente a 20% da radiação TC convencional ou a uma exposição radiográfica de uma série periapical completa.
Usos do CBCT na medicina dentária: do diagnóstico ao planejamento do tratamento
De acordo com o FOV podemos classificar o equipamento CBCT em grandes sistemas FOV (15-30,5 cm) e sistemas FOV limitados (4 a 8 cm). Isso é importante porque:
Quanto maior o FOV:
- Maior imagem da área anatómica
- Maior exposição à radiação
- Resolução de imagem mais baixa
Quanto menor o FOV:
- Imagem de uma pequena parte da área anatómica
- Menos exposição à radiação
- Maior resolução de imagem
Para usos em medicina dentária onde não é necessário o máximo detalhe das estruturas, mas uma representação mais significativa do rosto, tal como ortodontia ou planejamento de implantes, um scanner CBCT FOV grande ou moderado pode ser mais proveitoso. Mas, por exemplo, quando é necessário um diagnóstico de alterações dentárias, é necessária uma imagem mais precisa de uma pequena peça e, neste caso, a utilização de um sistema CBCT do FOV limitado seria mais apropriada. Vamos analisar mais de perto as diferentes aplicações de um scanner CBCT na clínica dentária:
Usos da CBCT em Implantologia
Caso tenha um scanner CBCT para planejar os seus tratamentos com implantes dentários, alguns dos benefícios serão:
- Determinar se é necessário um enxerto ósseo ou elevador sinusal.
- Medir a largura do osso alveolar e visualizar o contorno do osso.
- Determinar a distância a estruturas anatómicas vitais.
- Escolher o modelo e tamanho de implante mais apropriado.
- Optimizar a localização e angulação do implante.
- Reduzir o tempo cirúrgico.
Uso do CBCT na Ortodontia
Se a sua área é a ortodontia, com um equipamento CBCT você pode obter grandes benefícios que vão desde um diagnóstico ortodôntico mais abrangente até um plano de tratamento mais preciso. Com ele, você poderá realizar:
Análise cefalométrica 3D: esquecer as limitações da radiologia 2D, tais como erros no posicionamento do paciente, ampliação de estruturas bilaterais e sobreposição de outras estruturas craniofaciais e obter uma imagem 3D de estruturas vitais com melhor localização de pontos de referência anatómicos na análise cefalométrica.
Determinação do volume, forma e posição do osso: se precisar de utilizar micro-parafusos ou realizar expansão rápida da mandíbula, a CBCT permite determinar a espessura e forma do osso em geral e em áreas específicas. Desta forma é possível evitar, por exemplo, colocar os micro-implantes perto das raízes onde têm maior probabilidade de falhar.
Impactos: Os scanners de CBCT oferecem maiores vantagens do que a radiografia convencional em casos de dentes impactados, uma vez que podem proporcionar uma gestão e tratamento mais previsíveis, reduzindo os riscos associados a qualquer dente impactado. As máquinas de CBCT são também muito úteis no diagnóstico preciso da posição dos dentes supranumerários.
Estudos das vias aéreas e sinusite: pode agora deixar para trás a cefalometria lateral do crânio, pois com a tecnologia CBCT será capaz de melhorar a análise volumétrica e tridimensional das vias aéreas.
Morfologia da ATM: a sobreposição de estruturas tais como a região petrosa do osso temporal, o processo mastóide e a eminência articular deixarão de ser um problema. A qualidade da imagem da ATM que obterá com a sua CBCT será comparável às obtidas com a TC, mas com a vantagem de poder recolher esta imagem mais rapidamente e com uma dose de radiação mais baixa para o paciente. No entanto, a ressonância magnética (MRI) continua a ser o padrão de ouro para o diagnóstico por imagem da ATM.
Uso do CBCT no diagnóstico de cáries dentárias
Estudos para validar a superioridade do CBCT sobre o bitewing, radiografias periapicais e intrabucais têm sido realizados sob condições experimentais bem controladas e não reflectem necessariamente a realidade da prática clínica, uma vez que os artefactos nas imagens de CBCT dos dentes são frequentes, principalmente nas coroas dentárias. Os artefactos devem-se a restaurações metálicas, implantes, material restaurador endodôntico, entre outros, e são capazes de criar distorção ao projectarem-se como linhas claras e escuras em dentes adjacentes, tornando difícil o diagnóstico correcto. Finalmente, concluímos que actualmente a melhor técnica radiográfica para a detecção de cárie dentária é a radiografia intra-oral convencional, apesar de sobrestimar a sua presença.
Uso do CBCT na endodontia
Se o seu campo de trabalho é endodontia, um scanner CBCT pode fornecer a visão axial, coronal e sagital que não pode obter com a radiologia convencional, embora a radiologia convencional seja certamente mais prática e adequada para os procedimentos endodônticos mais comuns. O CBCT tem uma grande vantagem em eliminar ou reduzir a sobreposição de estruturas, por exemplo, para:
Visualização da anatomia do canal radicular: se utilizar um scanner CBCT com um FOV limitado, poderá reconhecer com maior precisão os canais radiculares e fornecer medições mais precisas das angulações radiculares.
Identificar a patologia periapical: um scanner CBCT seria mais sensível no diagnóstico de lesões periapicais experimentais, no entanto, não devemos esquecer os artefactos do material restaurador que poderiam dificultar o diagnóstico.
Identificação de fracturas dentárias: O scanner CBCT supera a radiologia convencional no diagnóstico de fracturas dentárias porque, a menos que o feixe seja dirigido de modo a passar pelo plano de fractura, não é possível separar os fragmentos na imagem numa radiografia intra-oral. Mais uma vez, este diagnóstico sobre o CBCT pode ser prejudicado por artefactos.
Análise do processo de reabsorção radicular interna e externa: com o seu equipamento de CBCT pode não só detectar a localização exacta, mas também determinar a extensão da reabsorção e a comunicação com o espaço do ligamento periodontal.
Uso do CBCT em periodontologia
Com um scanner CBCT pode obter informação volumétrica em todas as superfícies. Além disso, esquecerá as limitações de projecção da radiologia convencional ao determinar os níveis ósseos nas áreas vestibular e lingual e também a perda parcial da espessura óssea interdentária.
Uso do CBCT em patologia
O scanner CBCT é útil para a detecção de quistos, tumores e outras anomalias. Além disso, tem maior sensibilidade na detecção de invasão por carcinoma escamoso gengival de células escamosas, ao contrário da radiografia panorâmica.
Nossa recomendação: Dental Scanner 1020S CBCT 3 em 1 (Panorâmica, CT e Cefalométrica).
Uma das características mais destacáveis do scanner CBCT Bondent é a redução inteligente de artefactos, o que, como vimos, torna difícil a obtenção de um diagnóstico correcto. Nesta imagem é possível ver a diferença:
Outras características do scanner CBCT 3 em 1 Bondent:
- Redução inteligente do barulho.
- Algoritmo Al patenteado pela XPI: reconhece a maxila, mandibular, arco dentário e também delineia automaticamente a curvatura biológica dos dentes.
- Panorama 3D inteligente. Com base na morfologia da maxila e da mandíbula, o sistema gera automaticamente 33 fatias de imagens panorâmicas de TC de 0,8 mm de espessura com apenas um toque.
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Concluímos que um scanner CBCT acrescenta muito à sua prática dentária e é muito útil para o diagnóstico e planejamento do tratamento nas várias especialidades da medicina dentária. É também uma opção mais segura para os seus pacientes em comparação com um scanner de TC, uma vez que o scanner de CBCT libera menor dose de radiação.
Sem dúvidas, uma CBCT é uma peça de equipamento de alto custo e, portanto, a decisão de adquiri-la deve ser tomada com o máximo de informação possível. Esperamos tê-lo ajudado neste objectivo! Caso tenha ficado com alguma dúvida, pode contactar-nos através do nosso e-mail e das nossas redes sociais para que possamos dar-lhe mais informações. Até a próxima!